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Como mudar o mindset das pessoas para aumentar a produtividade no supply chain

Por mais que a inteligência artificial e outras tecnologias avançadas ocupem cada vez mais espaço no mercado, o capital humano ainda está no topo das prioridades. Inovação e crescimento são resultados de “ter a organização certa, com pessoas certas, nos lugares certos — e com os skills certos”.

 

Essa é a visão do diretor sênior de Supply Chain da Boston Scientific, Patrício Hopff, que apresentou um case de sucesso no Simpósio CICLO Supply Chain 2023, evento promovido pela CICLO Academy. Outros especialistas do setor compartilham da mesma opinião: a capacidade de inovação e o olhar humano estão mais valorizados do que nunca.

 

A justificativa seria que as pessoas representam, hoje, um dos principais desafios em diversos setores: há uma falta de percepção de valor nas novas tecnologias e processos; as pessoas ainda se sentem ameaçadas pelas mudanças tecnológicas; existe o medo e a não compreensão sobre o desconhecido, falta uma cultura organizacional que abra as portas para a transformação de cima para baixo.

 

Como, então, mudar esse cenário de resistência às mudanças e qualificar a equipe? É isso o que pretendemos mostrar nesse conteúdo, que contou com a colaboração do Patrício Hopff.

 

A importância do capital humano na eficiência e inovação das operações logísticas na era digital

 

Estamos vivendo a era digital, mas o capital humano ainda desempenha papel crucial na eficiência e inovação das operações logísticas. Nesse cenário, cabe às empresas continuamente avaliar as pessoas diante da evolução dos mercados, dos clientes, dos negócios e da tecnologia. Se forem detectados gaps, é necessário conduzir ações para reduzi-los.

 

As equipes precisam ser capacitadas para lidar com novas ferramentas e sistemas. Isso inclui treinamento para uso de softwares de gestão de cadeia de suprimentos, rastreamento de mercadorias em tempo real, análise de dados, entre outros.

 

É preciso aproveitar todas as nuances da era digital, como o acesso a grandes volumes de dados. Uma equipe qualificada pode ajudar no aumento da capacidade de interpretação desses dados e, consequentemente, na extração de insights valiosos para otimizar operações logísticas. Por exemplo: identificar padrões de demanda, prever tendências de mercado e otimizar rotas de transporte.

 

As operações logísticas na era digital também exigem flexibilidade para lidar com mudanças rápidas e imprevistos. Se bem treinados, os profissionais da área podem se adaptar rapidamente a novas circunstâncias, tomar decisões ágeis e encontrar soluções criativas para problemas emergentes.

 

Com a integração de sistemas e a complexidade das cadeias de suprimentos globais, a colaboração entre diferentes equipes e parceiros também se torna cada vez mais essencial. Os profissionais da área desempenham um papel fundamental na facilitação dessa colaboração, garantindo uma comunicação eficaz e coordenando esforços entre diversas partes interessadas.

 

Contar com pessoas qualificadas e capazes de desenvolver ideias inovadoras é o que ajuda a impulsionar uma empresa para um patamar mais alto, identificar oportunidades de melhoria e experimentar novas abordagens para resolver desafios logísticos.

 

Essas são as grandes oportunidades de atuar na área de logística, especificamente no contexto de supply chain. Mas é um trabalho com (muitos) desafios.

 

“O desafio principal é a falta de capacidade das grandes empresas e das pessoas a se adaptarem às novas realidades. Medo da mudança, medo do diferente, pensamento de curto prazo, sistemas e processos que não se adaptam aos câmbios. A maioria das pessoas está acostumada a ‘fazer’ e não a ‘pensar’. A IA vai mudar isso rapidamente”, acredita Hopff.

 

O papel da educação continuada na qualificação das equipes

 

A educação continuada desempenha papel fundamental na qualificação das equipes dedicadas à cadeia de suprimentos. Ela permite a atualização de conhecimentos essenciais em setores que estão em constante evolução, como supply chain.

 

Além disso, possibilita o desenvolvimento de competências específicas, permitindo que os profissionais aprimorem suas habilidades em diversas áreas, como gestão de inventário, planejamento de transporte e análise de dados, entre outras. Isso os capacita a desempenhar suas funções com maior eficiência.

 

A adoção de melhores práticas também é incentivada, permitindo que os profissionais aprendam e implementem metodologias que visam aprimorar a eficiência operacional e reduzir desperdícios.

 

Ter acesso a treinamentos e qualificação também estimula o pensamento crítico e a inovação: os profissionais passam a constantemente buscar maneiras de melhorar os processos e práticas de mercado. Isso é essencial em um ambiente de negócios competitivo e constante mudança.

 

6 dicas para capacitar a equipe de supply chain na era digital

 

Cada vez mais, as empresas precisam de profissionais de supply chain com um perfil mais analítico, planejador e focado em resultados. “As empresas terão pessoas mais engajadas, muito mais eficientes (que poderiam trabalhar menos horas obtendo ainda melhores resultados), resultados mais rápidos e com uma cultura de desenvolvimento de talento enraizada na organização”, defende Hopff.

 

Veja algumas dicas para que sua empresa também possa chegar lá.

 

1. Organize o fluxo de tarefas da sua empresa

A busca por eficiência não chega a ser uma novidade, afinal, as organizações estão sempre procurando formas de otimizar suas atividades. Isso é fundamental para o crescimento. Mas é preciso ter cuidado: analisar esse processo sob uma perspectiva humana é igualmente importante.

 

Reduzir a complexidade sempre que possível faz uma grande diferença para as equipes que atuam no desenvolvimento do supply chain. E, como são elas que levam sua empresa para frente, isso também fará uma grande diferença no caminho para o sucesso.

 

Oferecer as ferramentas necessárias para que todos façam seu trabalho, o que inclui treinamento, suporte e clareza a respeito de suas atribuições, é o primeiro passo nessa longa jornada.

 

2. Proporcione flexibilidade e autonomia

Cada vez mais as pessoas anseiam por flexibilidade. Mais do que cumprir o horário no escritório, profissionais de alto desempenho desejam ser reconhecidos pela qualidade de suas entregas. Isso não significa trabalhar menos, e sim poder flutuar entre os compromissos da empresa e a vida pessoal com mais tranquilidade.

 

Profissionais que têm mais autonomia e flexibilidade são mais felizes e estão mais dispostos a devolver à empresa aquilo que recebem dela. Isso contribui para o crescimento de todos e impacta diretamente nos resultados. E o mais importante: caso a flexibilidade não esteja funcionando para sua empresa, talvez o caminho não seja diminuí-la, e sim reconhecer que se trata de um problema da gestão e buscar resolvê-lo, ao invés de simplesmente culpar as pessoas.

 

3. Invista em comunicação e colaboração

A promoção de uma cultura de transparência e cooperação entre pessoas, equipes e departamentos estabelece relações de trabalho positivas nas empresas. Para isso, é preciso ter uma comunicação lógica, assertiva e clara, que faça sentido e esteja alinhada às ações realizadas dentro da organização. De nada adianta dizer uma coisa e fazer o contrário.

 

4. Promova uma cultura de melhoria contínua

Em um mercado cada vez mais dinâmico, especialmente para quem atua em supply chain, é preciso estar preparado e ter flexibilidade para mudanças que possam ocorrer — muitas vezes, sem tempo para se preparar.

 

Por isso, é fundamental promover uma cultura de melhoria contínua na equipe: dar feedbacks frequentes (e não uma vez por trimestre), atualizar sistemas e processos com agilidade e tomar decisões a respeito da tecnologia usada na empresa com mais velocidade.

 

Manter um canal de comunicação aberto com a equipe, para que as pessoas se sintam motivadas e à vontade para revelar quais são suas necessidades, é igualmente importante.

 

5. Lidere com empatia

Tomar decisões que considerem as necessidades das pessoas que fazem parte da empresa é bom para os negócios. Além de melhorar o desempenho dos colaboradores, isso estimula a retenção de profissionais e traz mais brilho ao employer branding de qualquer organização.

 

6. Avalie sua estrutura organizacional

Todo o processo de gestão do capital humano precisa mudar. Desde o processo de recrutamento e seleção, de avaliação interna de performance, de definição de incentivos — assim como o desenho das estruturas organizacionais.

 

De acordo com Hopff, é preciso “investir muito em definir os novos job descriptions, fazer um gap assessment deles para cada função, identificar o que está faltando e desenhar urgentemente programas de treinamento para reduzir esses gaps, além de implementar um processo robusto de change management”.

 

Participe do 15º Workshop Pit Stop Supply Chain e qualifique seus líderes

 

Contar com parceiros estratégicos é fundamental para qualificar as equipes. Sabemos que ter a pessoa certa no papel certo é importante, mas não é o suficiente. Como vimos até aqui, há muitos outros elementos a serem considerados.

 

Então, que tal aprofundar ainda mais seus conhecimentos a respeito de gestão? Participe do 15º Workshop Pit Stop Supply Chain, que ocorre nos dias 19 e 20 de março de 2024, em São Paulo (SP). Trata-se de uma grande oportunidade de aprender a levar as lideranças da sua empresa a superarem barreiras e a inovarem cada vez mais.

 

O evento promovido pela CICLO Academy permitirá aos participantes conectarem-se com visionários do mundo dos negócios, absorver insights críticos para decisões estratégicas e refinar sua capacidade de adaptar-se às dinâmicas do mercado.

 

Venha se inspirar, criar conexões e ser parte dessa jornada de transformação! Clique aqui para se inscrever!

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